terça-feira, 8 de novembro de 2011

O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO E O DOM DE LÍNGUA ESTRANHA


Muitos irmãos trazem consigo a concepção que o batismo no Espírito Santo,  só é concebido aos que falam línguas estranhas. Mas esse entendimento é um equívoco, porque segundo a Palavra o falar língua estranha é apenas um dos dons espirituais, e, muitas vezes, o irmão não fala em línguas, mas recebeu outro dom, e já está selado com a promessa da salvação (Atos 19.2 e Efésios 1.11-13). Vejamos:
Ao terceiro dia, Jesus Cristo ressuscitou e pôs-se no meio dos apóstolos, onde estavam reunidos e disse-lhes: Paz seja convosco.  E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo (João 20.20-22).
E o livro de Atos 1.5-8, narra que no período entre a ressurreição do Senhor e a sua ascensão à Glória do Pai, Ele se apresentou novamente entre eles e lhes disse: João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.
Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.
Promessa consumada no livro de Atos cap. 2, ao cumprir-se o dia de Pentecostes, ocasião em que estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do Céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados.
E fora vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. E correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
Observe que os Apóstolos foram agraciados pelo Espírito Santo do Senhor Jesus, em duas ocasiões, separadamente e com finalidades distintas.
Primeiramente o Senhor assoprou o Espírito sobre eles, numa unção designada para a salvação (João 20.20 a 22). Posteriormente, no dia de Pentecostes os ungiu para obra do ministério (Atos 2.1-4). A partir daquele momento deu-se início a maior e a mais extraordinária obra de Evangelização em toda terra, porque Deus era com eles, pelo Espírito Santo do Senhor Jesus.
Assim também, ocorre conosco, quando há arrependimento e conversão, recebemos o selo da promessa do Espírito Santo para a salvação da vida eterna. Observemos:
Atos dos Apóstolos 2.37-39, disse-lhes Pedro a multidão que os ouvia: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.
Palavra confirmada na Carta de Paulo aos Efésios 1.12 e 13, onde diz: Nós, os que de antemão esperamos em Cristo; em quem também vós, depois que ouvistes a Palavra da verdade, o Evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa.
Assim sendo, na sua conversão já recebeste o Espírito Santo de Deus para a Salvação, resta porem, procurar com zelo os dons Espirituais para a obra do seu ministério para o qual foste chamado por decreto do Altíssimo.

LÍNGUA ESTRANHA E OS DONS ESPIRITUAIS
No Novo Testamento, observamos o dom de língua estranha em duas formas distintas: Descreve o capítulo 2 de Atos, que a primeira vez que os servos do Senhor Jesus falaram em línguas estranhas, ocorreu no dia de Pentecostes (Atos capítulo 2).
Posteriormente, na primeira carta aos Coríntios capítulos 12.1-10, refere sobre os dons espirituais para a obra do ministério, vejam: Ora, a respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes, porque há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo, porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; a outro a operação de milagres; a outro a profecia; a outro o dom de discernir espíritos; a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação de línguas.  Mas um só Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer.
E em I Coríntios 14.1, está escrito: Procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. Porque o que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende; porque em espírito fala mistérios. Mas o que profetiza (pregar o Evangelho) fala aos homens para edificação, exortação e consolação.
Observe que no dia de Pentecostes, os apóstolos do Senhor Jesus falaram primeiramente em línguas estranhas, mas para as nações estrangeiras que estavam presente, as quais falavam outro idioma, mas os entendia porque falavam na sua própria língua, pois a língua fora repartida de forma que todas as nações estrangeiras presentes tiveram a oportunidade de conhecer o propósito de Deus para a alma humana através do sacrifício do Senhor Jesus Cristo, pela pregação do Evangelho pelos Apóstolos, na linguagem de origem de cada nação.
E posteriormente nas cartas, a Palavra fala sobre os dons espirituais, e adiciona o dom de língua estranha ou língua dos anjos, como um sinal para os infiéis, para que se cumpra a palavra no livro de Joel 2.28, 29, porem, mostra a necessidade da interpretação da língua estranha, aliás, há um dom específico para interpretar essa língua, para que satanás não venha exaltar seu reino na congregação dos santos, e também para que a igreja de Cristo seja edificada.
E o capítulo 14 da primeira carta aos Coríntios, disciplina o zelo indispensável para que a igreja seja edificada por esse dom, onde a Palavra ressalta a importância de falar em línguas, mas alerta que, mais importante é o dom de profetizar.
O profetizar não é adivinhação como vem acontecendo em muitas comunidades religiosas, mas profetizar como pregação do Evangelho, pelo qual está declarada todas as profecias para a vida vindoura, que é a salvação para a vida eterna, para os que crêem em Jesus Cristo, como seu único e suficiente salvador. Meditemos:
Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação.  O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja.
O que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também interprete, para que a igreja receba edificação.
Porque se, com a língua, não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? Pelo que, o que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar.
Porque, se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto. Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.
Todavia eu antes quero falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligência, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua desconhecida.
Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem línguas estranhas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão, porventura, que estais loucos?     Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é apreciado.
Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete.
Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus. E falem dois ou três profetas, e os outros apreciem.
Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. Porque todos poderão profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.
Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos. Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor.   Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas.  Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.
Tivemos a graça de conhecer em conformidade com a Palavra sobre língua estranha, como também a ordem nas reuniões, há um confronto visível relacionado ao que se praticam hoje na maioria das igrejas denominacionais.
Lamentavelmente, até os dons espirituais está sendo banalizado pelo homem, porque o falar em línguas não é compatível com as frases decoradas que ninguém entende, as quais, os pregadores repetem inúmeras vezes, numa falsa demonstração de unção espiritual.
Porventura teria o Espírito Santo de Deus modificado a forma de operar e manifestar a glória do Pai? A Palavra alerta que falando alguém línguas estranhas, que haja também intérprete, e se não há quem a interprete, o profeta deve permanecer calado e orar em espírito, porque o espírito está sujeito ao profeta.
Mas a Palavra afirma que precisamos procurar com zelo os dons espirituais para a obra do ministério, pelo qual fomos chamados, para edificação da Igreja membrada no Corpo de Cristo.


Que Deus continue nos abençoando

POR QUE NÃO DEVEMOS PAGAR O DÍZIMO


O que diz a Palavra sobre dízimos e ofertas no Novo Testamento do Senhor Jesus? Ainda devemos exercer as cerimônias e rituais da lei de Moisés ou Cristo revogou a lei pela aspersão do seu próprio sangue, em sacrifício vivo na cruz do Calvário?
                                              DÍZIMOS NO NOVO TESTAMENTO
                         Os dicionários bíblicos assim definem o dízimo: A décima parte, tanto das colheitas como dos animais, que os israelitas ofereciam a Deus (Levíticos 27.30-32 e Hebreus 7.1-10). O dízimo era usado para o sustento dos levitas (Números 18.21-2), dos estrangeiros, dos órfãos e das viúvas (Deuteronômio 14.29).   
            Para iniciar o nosso estudo bíblico, já conhecemos que mesmo na vigência da Lei de Moisés, dízimo não era dinheiro (Deuteronômio 14.22-27), mas dez por cento das colheitas de grãos e de animais, e eram destinados à suprir os Levitas que não tinham parte e nem herança na terra prometida.
            No Novo Testamento o dízimo foi citado três vezes, vamos conhecer o porquê e em quais circunstâncias a Palavra se refere a essa ordenança da Lei.
            A primeira vez que o dízimo foi citado no Novo Testamento (Mateus 23.23), Jesus censurou os escribas e fariseus, dizendo-lhes: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé. Deveis, porém, fazer estas coisas e não omitir aquelas
            Por isso, quando anunciamos que o dízimo é abolido no tempo da graça, os seus patronos e beneficiários imediatamente bradam por Mateus 23.23, e muitos, por não vislumbrar a divisão existente na Palavra entre o Antigo Testamento (feito por leis, cerimônias e rituais) e o Novo Testamento (da graça), ainda trazem nos lombos o pesado fardo da lei, mesmo depois da revogação do precedente mandamento, por causa da sua fraqueza e inutilidade (pois a lei, nenhuma coisa aperfeiçoou), sendo introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus (Hebreus 7.18 e 19), pela aspersão do sangue de Cristo na cruz do Calvário, o qual veio justamente para libertar o homem do jugo da lei, mas o seu sacrifício continua sendo rejeitado.
            Então vamos buscar discernimento espiritual na Palavra, para entendermos o porquê, naquela ocasião Jesus recomendou a manutenção dessa ordenança da lei, dizendo: Deveis, porém, fazer estas coisas e não omitir aquelas.
            Assim afirmou Jesus, porque era um judeu, nascido sob a lei (Gálatas 4.4), e viveu na tutela da lei. Reconhecendo-a, disse dessa forma, pela responsabilidade  de cumprir a lei. E para isso, em Mateus 5.17 e 18, Ele disse: Não cuideis que vim abolir a lei e os profetas, mas vim para cumpri-la, e, nem um jota ou til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.
            Jesus assegurou que a lei deveria ser cumprida, mesmo no decorrer do seu ministério, porque qualquer que violasse a lei, seria apedrejado até a morte. E nesse caso, Ele não iria cumprir a sua missão aqui na terra para libertar o homem que estava morto na maldição do pecado.
            E verdadeiramente Jesus cumpriu a lei.  Foi circuncidado aos oito dias, foi apresentado na sinagoga (Lucas 2. 21-24), assumiu o seu sacerdócio aos trinta anos  (Lucas 3.23, Números 4.43, 47), e exerceu outras formalidades cerimoniais da lei.
            Observe também, que Jesus curou o leproso (Mateus 8.1-4) e depois o mandou apresentar ao Sacerdote a oferta que Moisés ordenou no capítulo 14 de Levítico. E hoje, alguém oferece ao sacerdote alguma oferta após a graça da libertação das enfermidades?
            Porque a Nova Aliança não teve princípio no nascimento de Jesus, mas na Sua morte (Gálatas 3.22-25 e 4.4, 5), para tanto, Cristo, ao render o seu espírito a Deus (Mateus 27.50,51), o véu do templo rasgou-se de alto a baixo,  então passamos a viver pela graça do Senhor Jesus,  encerrando-se ali, toda  ordenança da lei de Moisés, sendo  introduzido o Novo Testamento, o Evangelho da salvação pelo triunfo do Senhor Jesus Cristo na cruz do Calvário.
            O que precisamos entender de vez por todas, que Cristo não veio a ensinar os judeus a viverem bem a Velha Aliança, Ele disse: Um novo mandamento vos dou (João 13.34), e, se a justiça provem da lei,  segue-se que Cristo morreu em vão (Gálatas 2.21). E em Mateus 5.20, disse Jesus: Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos  céus.
            Considere que o Senhor Jesus Cristo mandou justamente os escribas e fariseus (os quais o Senhor sempre os tratou por hipócritas, falsos)  que cumprissem a lei de Moisés, a qual ordenava o dízimo. Nós porém,  para herdarmos  o reino do Céu, não podemos de forma alguma voltar no ritual da lei Mosaica como faziam os escribas e fariseus, mas  precisamos exceder essa lei, ainda que abolida. O amor, a graça e a paz do Senhor Jesus excede a lei e todo entendimento humano.  
            A Segunda vez que o Senhor Jesus referiu-se ao dízimo, foi na Parábola do Fariseu e do Publicano (Lucas 18.9-14), e outra vez Jesus censurou os dizimistas. Tomou como exemplo um religioso, dizimista fiel, o qual jejuava duas vezes  por semana, porém, exaltava a si mesmo  e humilhava um pecador que suplicava a misericórdia do Senhor.  
            É interessante observar que os fariseus continuam se exaltando da mesma forma, batem no peito e dizem: Eu sou dizimista fiel. Mas nesta  narrativa alegórica, o Senhor Jesus Cristo exemplificou  que no Evangelho não há galardão para os dizimistas, ao contrário, Jesus sempre os censurou.
                                                 A ABOLIÇÃO DOS DÍZIMOS  
             Hebreus 7.5: E os que dentre os filhos de Levi receberam o sacerdócio tem ordem, segundo a lei, de tomar os dízimos do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão.
           Medite, a palavra afirma que Moisés deu uma lei ao seu povo, direcionada aos filhos de Levi, especificamente aos que receberam sacerdócio para trabalhar nas tendas das congregações, os quais tinham ordem, segundo a lei de receber os dízimos dos seus irmãos. Agora note o relato do versículo 11e 12:
            Hebreus 7.11: De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio Levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade se havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque (referindo-se a Jesus Cristo) e não fosse chamado segundo a ordem de Arão?(menção a Moisés, o qual introduziu a lei ao povo).
           Hebreus 7.12: Porque mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança na lei.
            Meditando no texto acima, especificamente nestes versículos, onde a palavra do Senhor assegura que os sacerdotes Levíticos recebiam os dízimos segundo a lei (Hebreus 7.5), Porque através deles (sacerdotes Levíticos) o povo recebeu a lei (Hebreus 7.11) e mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também, mudança na lei (Hebreus 7.12), porque se a perfeição fosse pelo sacerdócio Levítico (pelo qual o povo recebeu a lei), qual a necessidade do Senhor Deus enviar outro Sacerdote? A palavra não deixa sombra de dúvida que não só o dízimo, mas toda a lei de Moisés foi por Cristo abolida. Mudou o Sacerdócio, necessariamente se faz mudança na Lei.
            E, se voltarmos na lei que fora direcionada especificamente aos filhos de Levi, aos que receberam o sacerdócio do Senhor Deus e, se aplicada aos crentes hoje, ela torna-se intempestiva e ilegítima, porque os “pastores” de hoje não são sacerdotes levitas. E Jesus afirmou que a lei e os profetas duraram até João (Lucas 16.16), e mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz mudança na lei (Hebreus 7.12).
            Portanto amados, apenas esses três versículos (5, 11, 12) do capítulo 7 da carta aos Hebreus, seriam suficientes para entendermos a abolição de toda lei, e não falarmos mais em obras mortas, como o dízimo no tempo da Graça do Senhor Jesus.
            Outra particularidade, no capítulo 18 do livro de Números, o Senhor Deus adverte aos sacerdotes levitas dizendo: Na sua terra, possessão nenhuma terás, e no meio deles nenhuma parte possuirás; eu sou a tua parte e a tua herança no meio dos filhos de Israel.
            Gostaríamos de recomendar aos pregadores contemporâneos (os que querem se assemelhar aos sacerdotes levitas), seria bom que guardassem os mandamentos do Senhor para aquela tribo, os quais não possuíam bens materiais, pois o Senhor era a herança dos sacerdotes levitas.
                                      AS OFERTAS NO NOVO TESTAMENTO
            E, falando pela Palavra, semelhantemente aos dízimos, não é licito os dirigentes das igrejas denominacionais receberem ofertas (dinheiro ou bens materiais) dos seus fieis, visto que no Novo Testamento não há fundamento para essa prática, pois, as ofertas citadas na Lei de Moisés não eram doações de bens materiais, mas sim oferendas de animais, cereais ou bebidas, entregues a Deus como parte do culto de adoração. No livro de Levítico, do capítulo 1 a 7, está especificado cinco tipos principais de ofertas e sacrifícios:
            1) Holocausto, o animal era completamente queimado no altar Levíticos (1.1-17 e 6.8-13).    
            2) Oferta de manjares, isto é, de cereais (Levíticos 2.1-16 e 6.14-23).        
            3) Sacrifício pacífico ou de paz (Levíticos 3.1-17; 7.11-21).
            4) Oferta pelo pecado, isto é, para tirar pecados (Levíticos 4.1-5.13; 6.24-30).
           5) Oferta pela culpa, isto é, para tirar a culpa (Levíticos 5.14-6.7; 7.1-7).          
            Das ofertas de paz havia três tipos: por gratidão a Deus (Levíticos 7.12), para pagar voto ou promessa (Levíticos 7.16) e a voluntária, que era trazida de livre e espontânea vontade (Levíticos 7.16).         
            Além dessas, havia também a libação, tipo de oferta em que se derramava vinho (Levítico 23.13), e também a OFERTA ALÇADA, sobre a qual, vamos meditar no texto abaixo.   
            Mas, os sacrifícios do A.T. eram provisórios (Hebreus 10.4) e apontavam para o Cordeiro de Deus (João 1.29 e Hebreus 9.9-15), cujo sangue, pela sua morte na cruz, nos limpa de todo pecado (I João 1.7).         
                                              A OFERTA ALÇADA NO EVANGELHO 
           Ainda que os esclarecimentos sejam bem detalhados, sabemos que haverá apologia sustentada na oferta da viúva pobre (Lucas 21.1-4), ocasião em que Jesus observava os ricos lançarem as suas ofertas na arca do tesouro; e também uma pobre viúva que lançava ali duas pequenas moedas; então, disse Jesus: Em verdade vos digo que lançou mais do que todos, esta pobre viúva, porque todos aqueles deram como ofertas de Deus do que lhes sobeja; mas esta, da sua pobreza, deu todo o sustento que tinha.
           Exatamente como o dízimo de Mateus 23.23, todas as vezes que a Palavra cita “OFERTA” no Novo Testamento, assim como a oferta da viúva pobre, todos esses episódios sobrevieram na vigência da lei de Moisés, mas aqui há uma palavra revelada. Vamos meditar no Antigo Testamento sobre os dízimos e ofertas alçadas, para discernimento espiritual da Palavra:   
           No livro de Números 18.20-28, disse o Senhor a Arão: Na sua terra possessão nenhuma terás, e no meio deles nenhuma parte terás; eu sou a tua parte e a tua herança no meio dos filhos de Israel
           E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo seu ministério que exercem, o ministério da tenda da congregação. Os levitas administrarão o ministério da tenda da congregação e eles levarão sobre si a sua iniquidade; e no meio dos filhos de Israel nenhuma herança herdarão.  
           E falarás aos levitas e dir-lhes-ás: Quando receberdes os dízimos dos filhos de Israel, que eu deles vos tenho dado em vossa herança, deles oferecereis uma oferta alçada ao Senhor: O dízimo dos dízimos.
            E para concluir, no livro de Deuteronômio 14.29 diz: Então virá o levita (pois nem parte nem herança têm contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o Senhor teu Deus te abençoe em toda a obra das tuas mãos que fizeres.
           Observe que o dízimo é direcionado para suprir as necessidades dos levitas, porque não possuíam parte e nem herança entre os judeus, e também designado com a finalidade de caridade aos estrangeiros, órfãos e as viúvas.
            Notem também, que no início deste tópico, Jesus observava os ricos lançarem as suas ofertas alçadas na arca do tesouro, mas as sobras, enquanto que a pobre viúva, lançou ali, o seu sustento.           
            Aqui está a palavra revelada: Os ricos lançavam ofertas das sobras, para se exaltarem e humilhar aos pobres que ali depositavam pequenas quantias. Porem, em conformidade com a lei (Números 18.11-32), os ricos não podiam participar desse cerimonial, porque ali estava sendo exercida a oferta alçada, ou seja a entrega do dízimo dos dízimos.  
            E somente os filhos de Levi, recebiam o dízimo, portanto a oferta alçada só poderia ser praticada pelos levitas que não possuíam parte nem herança na terra prometida (Números 18.20-28), e pelos necessitados que também se beneficiavam dos dízimos, por isso, Jesus exaltou o ato de fé daquela pobre viúva, que ofertou o seu sustento, doando parte do que havia recebido para a sua manutenção cotidiana. 
           A oferta alçada é a única oferta em dinheiro relatada na bíblia, tanto que a viúva pobre doou duas moedas do seu sustento. Porém, não poderá ser praticada no tempo da graça, porque era o dízimo dos dízimos, os quais, recebiam somente os que não possuíam parte nem herança no meio dos judeus, e também os despojados de bens materiais. Portanto, aquela irmã estava dizimando, em forma de oferta alçada.
            Neemias 10.37-39, relata que as ofertas alçadas eram oferecidas também através das primícias dos frutos das árvores, dos grãos, do mosto, e do azeite, aos sacerdotes, às câmaras da Casa do nosso Deus. E quando os levitas recebessem os dízimos, trariam os dízimos dos dízimos (ofertas alçadas) à Casa do nosso Deus, às câmaras da casa do tesouro.
            Uma pausa para meditação: No livro de Malaquias 3.8, o Senhor alerta: Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas.  
            A Palavra é profunda, mas observe: Quem tinha ordem segundo a lei de receber os dízimos e ofertas alçadas, senão os sacerdotes levitas? (hoje representados pelos líderes das igrejas denominacionais). Portanto, os roubadores que a Palavra está se referindo, não são os que deixam de doar, mas justamente os que recebem os dízimos e as ofertas alçadas. Medite e tire a sua própria conclusão.
             Outra referência bíblica muito usada pelos pregadores, para pedir dinheiro, está na segunda carta aos Coríntios 9.6-8, assim descrito:
            O que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.
            Mas esta referência não é uma ordenança para se tomar ofertas oferta dos fieis, ainda que seja para a obra, este menção é uma alusão sobre o amor ao próximo, em forma de caridade, citados em todos os livros do Novo Testamento.  
            E para não pairar dúvidas que a ordenança é sobre a caridade, se continuarmos a leitura, no versículo seguinte (9) do mesmo capítulo, está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre.   
            Observou o que o Senhor mandou semear com alegria? E se fosse como os pregadores citam, para tomar dinheiro dos fieis, a Palavra seria contraditória, porque na Nova Aliança, não há  um versículo sequer, admitindo a prática para ofertas, seja em dinheiro ou quaisquer outros bens materiais. E qualquer prática ou doutrina que venha contraditar as escrituras, é adulteração a Palavra do Senhor, é outro evangelho.
            Porque hoje vivemos o tempo da graça do Senhor Jesus e qualquer esforço para voltar a lei de Moisés, que Cristo desfez na cruz, é anular o sacrifício do Cordeiro de Deus e reconstruir o muro da separação, por Ele derrubado (Efésios 2.13-15). 
            Deus seja louvado e o seu amado Filho Glorificado.

A VERDADE SOBRE OS DÍZIMOS


O que é dízimo?  Imediatamente você poderá imaginar: Dez por cento dos meus rendimentos para os cofres da igreja.  Mas, será que Deus ainda exige que pratiquemos alguma ordenança da lei do Antigo Testamento (da qual foi instituído o dízimo), mesmo depois do sacrifício do Senhor Jesus para remir  o homem do pecado?  Vamos conhecer a verdade que envolve esse MITO chamado dízimo, o qual está sendo levado aos fieis de forma desvirtuada, por muitos pregadores. Porem, antes de iniciarmos o nosso estudo, vamos à consulta aos dicionários da língua portuguesa, sobre o nosso assunto:  
            Dízimo: A décima parte.
            Dízima: Contribuição ou imposto equivalente a décima parte dos rendimentos.
Como podemos observar, dízimo é a décima parte (de qualquer coisa) menos dos seus rendimentos. Porque a fração equivalente a dez por cento dos rendimentos chama-se dízima. Porque então os pregadores pedem dízimo? A confusão começa por aí, porque na lei de Moisés, a qual foi por Cristo abolida (Hebreus 7.12,18,19), o dízimo nunca foi dinheiro para os cofres das igrejas.
Os dízimos aos levitas eram dez por cento das colheitas dos grãos, dos frutos das árvores e da procriação de animais que nasciam no campo em um determinado período. Resumindo: O dízimo era alimento destinado a suprir as necessidades dos levitas que não tinham parte nem herança na terra prometida. Vejamos:   
Deuteronômio 14.24-27: E quando o lugar que escolher o Senhor teu Deus para fazer habitar o seu nome, for tão longe que não os possa levar, vende-os e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o Senhor teu Deus e compre tudo o que a tua alma desejar, e come ali perante o Senhor teu Deus, e alegre tu e tua casa. Porem, não desamparará ao levita que está dentro das tuas portas e não tem parte e nem herança contigo
Considere a profundidade do texto bíblico onde o Senhor evidencia que, se o lugar que escolheu o Senhor teu Deus, para levar o seu dízimo, for tão longe que não os possa levar, Ele instruiu, que o seu dízimo deveria ser vendido, e o dinheiro atado na tua mão, (observe que não é na mão de nenhuma outra pessoa), ir ao lugar que escolheu o Senhor, e comprar o que a tua alma desejar, para ali fazer habitar o nome do Senhor Deus.   
Portando amados, se o dízimo fosse dinheiro, o Senhor não iria mandar vender o que já era espécie.
O dízimo na lei de Moisés nunca foi oferecido da forma como está sendo feito hoje, porque   o dízimo foi destinado para suprir as necessidades dos levitas, mas hoje, não há mais a personagem representativa do levita entre nós.
Porem, alguém poderá apontar para Malaquias 3.10 tentando justificar que fora ordenado ao dízimo, ser levado para casa do tesouro. No entanto se meditarmos nos livros de II Crônicas 31.5-12 e Neemias 12.44-47 vamos entender melhor o porquê Malaquias mandou levar o dízimo a casa do tesouro. Disse o Senhor: Para que haja mantimento na minha casa. E o que é mantimento? 
Aquilo que mantém, provisão, sustento, comida, dispêndio, gênero alimentício, etc.            
Ainda em II Crônicas 31.13-19, a lei menciona que o dízimo era partilhado às comunidades dos levitas que trabalhavam nas tendas das congregações, segundo o ministério que cada um recebera do Senhor. 
Hoje o dízimo está sendo direcionado para o líder ou para o dono da igreja, como também a cúpula de organizações religiosas, onde ninguém mais sabe a que fim se destina esse montante. Enfim, o dízimo não foi criado para assalariar o dirigente da igreja ou para prover as despesas pessoais desses, nem tão pouco para realizar obras missionárias ou para construir templos.

 OS DÍZIMOS ANTES DA LEI

O DÍZIMO DE ABRAÃO - Gênesis 14.18-20: Abraão deu o dízimo dos despojos da guerra ao Rei Melquisedeque, sacerdote do Deus altíssimo, e foi por ele abençoado.
O DÍZIMO DE JACÓ - Gênesis 28.20-22: Jacó fez um voto ao Senhor, prometendo  dizimar  tudo quanto ganhasse, se em sua jornada fosse por Ele protegido e abençoado.          
Em ambos acontecimentos, não há registro na palavra que tenha havido ordenanças para que se dizimassem. Especificamente nesses casos, os dízimos foram oferecidos de forma voluntária, espontânea, ou por voto, em retribuição e agradecimento, honra e glória ao Senhor Deus, pelas bênçãos recebidas e pelas vitórias conquistadas.
Assim sendo, hoje não se pode tomar como exemplo os dízimos de Abraão e Jacó, como fundamento para implantá-los como regra geral de doutrina na igreja, com o propósito de receber bênçãos e salvação, em nome de uma lei que fora por Cristo abolida.

O DÍZIMO PELA LEI

Números 18.21-26: O pagamento do dízimo foi ordenado pela lei do Antigo Testamento, e tinha caráter de caridade, pois a sua principal finalidade era suprir as necessidades dos Levitas que não tinham parte nem herança na terra prometida, e também dos estrangeiros, órfãos e viúvas.
Deuteronômio 14.29: Então virá o levita (pois nem parte nem herança têm contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ãopara que o Senhor teu Deus te abençoe em toda a obra das tuas mãos que fizeres.
Está na palavra, o dízimo foi criado por Deus, com a finalidade exclusiva de caridade aos necessitados, hoje é empregado para outros fins, diverso daquele que o Senhor ordenou.
Mas, ainda que os dirigentes das igrejas revertessem todo tributo dos dízimos e ofertas em obras sociais, ainda não estavam em conformidade com a palavra do Senhor, pois além do dízimo ter sido abolido (Hebreus 7.5-12), a caridade ou amor ao próximo, é algo muito profundo, é individual e intransferível, é uma obra entre você e o Senhor teu Deus (Mateus 6.1-4).   
Outro detalhe interessante que precisamos conhecer, quando o dízimo foi instituído pela lei (Números 18.20 a 24) com a finalidade de manter os filhos de Levi que administravam o ministério nas tendas das congregações, os quais não receberam parte nem herança na terra prometida, (Números 18.24”b”), o Senhor declarou que os filhos de Levi não teriam nenhuma herança no meio dos filhos de Israel.
Como também fora ordenado as demais tribos de Israel, que dizimassem aos Levitas, o necessário para a manutenção cotidiana, porque não possuíam nenhuma herdade. Hoje, a situação está a revés da Palavra, os trabalhadores, a maioria deles assalariados, ofertam o dízimo para os que vivem sem trabalhar, e em abundância de bens.

O DÍZIMO NO EVANGELHO DE CRISTO

No Evangelho de Marcos 16. 15, 16, disse Jesus: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado, será salvo, mas quem não crer será condenado.
            Observem que o Senhor Jesus mandou pregar o Evangelho, para que crendo, recebamos a salvação (I Coríntios 15.1, 2). Esse foi o propósito do Senhor ao oferecer o seu sangue em sacrifício vivo. E onde está a ordenança para o dízimo, senão no Antigo Testamento?  Porque então o homem persiste em pregar e manter as ordenanças da lei, as quais foram por Cristo, abolidas? Pregar a velha aliança é exumar uma lei sucumbida e mutilar o Evangelho de Cristo, sobrecarregando as ovelhas do pesado fardo que Cristo levou sobre si.   
No Evangelho de Cristo Ele nos ensina fazer caridade, nos ensina a orar,   a jejuar (Mateus 6.1 a 18), e uma infinidade de outros ensinamentos, porém  nas duas únicas vezes que Ele referiu-se aos dízimos,  foi com censura. Vejamos:
            Mateus 23.23 – Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas e não omitir aquelas.  
Alguém poderá considerar que Jesus ordenou que se dizimássemos, porque Ele disse: Deveis fazer estas coisas. Vamos buscar o entendimento espiritual na palavra do Mestre:
Jesus era um judeu, nascido sob a lei (Gálatas 4.4). Portanto, viveu Jesus na tutela da lei de Moisés, reconhecendo-a, e disse dessa forma, pela responsabilidade  de cumprir a lei. Vejamos:
Mateus 5.17,18: Disse Jesus: Não cuideis que vim abolir a lei e os profetas, mas vim para cumpri-la, e, nem um jota ou til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.
E verdadeiramente Ele cumpriu a lei.  Foi circuncidado aos oito dias, foi apresentado na sinagoga (Lucas 2. 21-24), assumiu o seu sacerdócio aos trinta anos  (Lucas 3.23, Números 4.43, 47), curou o leproso e depois o mandou apresentar ao Sacerdote a oferta que Moisés ordenou (Mateus 8.4, Levíticos 14.1...), e cumpriu outras formalidades cerimoniais da lei.
Porém, quando Cristo rendeu o seu espírito a Deus (Mateus 27.50,51), o véu do templo rasgou-se de alto a baixo,  então passamos a viver pela graça do Senhor Jesus,  encerrando-se ali, toda  ordenança da lei de Moisés, sendo  introduzido o Novo Testamento, o Evangelho da salvação do Senhor Jesus Cristo.
O que precisamos entender de vez por todas, que Cristo não veio a ensinar os Judeus a viverem bem a Velha Aliança, Ele disse: Um novo mandamento vos dou (João 13.34)e, se a justiça provem da lei,  segue-se que Cristo morreu em vão (Gálatas 2.21).
Em Mateus 5.20 disse Jesus à multidão e aos seus discípulos: Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos  céus.
Observem que o Senhor Jesus Cristo mandou justamente os escribas e fariseus (os quais o Senhor sempre os tratava por hipócritas, falsos)  que cumprissem a lei de Moisés, lei que  ordenava o dízimo. Nós porém,  para herdarmos  o reino dos céus, não podemos de forma alguma voltar no ritual da lei Mosaica como faziam os escribas e fariseus, com hipocrisia, mas  precisamos exceder essa lei, a qual foi por Cristo abolida.   O amor, a graça e a paz do Senhor Jesus excede a lei de Moisés e todo entendimento humano.  
            A Segunda vez que o Senhor Jesus referiu-se ao dízimo, foi na Parábola do Fariseu e do Publicano (Lucas 18.9 a 14) e outra vez censurou os dizimistas. Tomou como exemplo um homem  religioso, que jejuava duas vezes  por semana e dizia  ser  dizimista fiel, porém, exaltava a si mesmo  e humilhava um pecador que suplicava a misericórdia do Senhor.  
Isso acontece hoje exatamente da mesma forma, muitos ainda exaltam-se dizendo: “Eu sou dizimista fiel”, mas nesta  narrativa alegórica, o Senhor Jesus Cristo exemplificou  que no Evangelho não há galardão para os dizimistas fieis, ao contrário, Jesus sempre os censurou.
 A ABOLIÇÃO DOS DÍZIMOS
Hebreus 7.5: E os que dentre os filhos de Levi receberam o sacerdócio tem ordem, segundo a lei, de tomar os dízimos do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão.
           Observe, a palavra afirma que Moisés deu uma lei ao seu povo, a qual é direcionada aos filhos de Levi, especificamente aos que receberam sacerdócio para trabalhar nas tendas das congregações, os quais têm ordem segundo a lei de receber os dízimos dos seus irmãos. Agora note o relato do versículo 11:
            Hebreus 7.11: De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio Levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade se havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque (referindo-se a Jesus Cristo) e não fosse chamado segundo a ordem de Arão? (menção a Moisés, o qual introduziu a lei ao povo).
           Hebreus 7.12: Porque mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança na lei.
            Meditando no texto acima, especificamente nestes versículos, onde a palavra do Senhor assegura que os sacerdotes Levíticos recebiam os dízimos segundo a lei (Hebreus 7.5), Porque através deles (sacerdotes Levíticos) o povo recebeu a lei (Hebreus 7.11) e mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também, mudança na lei (Hebreus 7.12), porque se a perfeição fosse pelo sacerdócio Levítico (pelo qual o povo recebeu a lei), qual a necessidade do Senhor enviar outro Sacerdote? A palavra não deixa sombra de dúvida que não só o dízimo, mas toda a lei de Moisés foi por Cristo abolida. Mudou o Sacerdócio, necessariamente se faz mudança na Lei.
Se hoje, usarmos essa lei que fora direcionada especificamente aos filhos de Levi, aos que receberam o sacerdócio do Senhor Deus e aplicada ao povo, ela torna-se ilegítima, porque os “pastores” de hoje não são sacerdotes levitas, e Jesus afirmou que a lei e os profetas duraram até João (Lucas 16.16), e mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz mudança na lei (Hebreus 7.12).
Portanto, apenas esses três versículos (5,11,12) do capítulo 7 da carta aos Hebreus, seria suficiente para entendermos a abolição de toda lei, e não falarmos mais em obras mortas como dízimo na era da Graça do Senhor Jesus. 
AQUI TOMAM DÍZIMOS HOMENS QUE MORREM
A nossa maior preocupação em relação aos pregadores que tomam o dízimo dos fieis, vem incidir sobre o versículo 8 do Capítulo 7 da Carta aos Hebreus, observem o porquê:   
Hebreus 7.8: Aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive.
Toda cautela no que diz a palavra: Aqui tomam dízimos homens que morrem, ali aquele que se testifica que vive (alusão ao Rei Melquisedeque).
No Evangelho de Mateus 22.32, disse Jesus que Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos.    O Senhor Jesus Cristo afirma que Deus, é Deus dos vivos e não é Deus dos mortos, e a palavra diz que aqui tomam dízimo homens que morrem, no que está legitimado no   Evangelho de João 11.26, onde disse Jesus: Todo aquele que  vive, e crê em mim, nunca morrerá.  Essa afirmativa do Senhor é mais uma evidência que nos faz entender que, os que tomam o dízimo não crêem em Jesus, porque a palavra está dizendo que morrem os que assim procedem, tomando o dízimo do povo, voltam a viver as ordenanças da lei de Moisés que fora por Cristo abolida.
Diante da Palavra de Deus, até onde recebemos entendimento, dar e receber dízimo é obra morta, ou seja, obra da justiça da Lei do Velho Testamento.  
Crer e viver por essa prática é estar sem a graça de Deus, pois assim explica a Bíblia.    Estar sem a graça de Deus, é estar morto.
Certamente que, sem Cristo e, cumprindo e se justificando pela lei, qualquer homem ainda não tem a vida eterna, tanto o que dá e, também, o que recebe o dízimo. Pois a palavra afirma que nenhuma alma será justificada diante d’Ele pelas obras da lei (Romanos 3.20,28 – Gálatas 2.16).

 CONSIDERAÇÕES FINAIS
No Evangelho de Cristo, não há ordenança para se tomar o dízimo ou para se cumprir qualquer outro rito da lei. Jesus nos deu um Novo Mandamento, mandou pregar o seu Evangelho, ordenou amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, isto é, com caridade, e não estipulou percentual ou limite. Em Mateus 10.42 o Senhor mandou dar pelo menos um copo de água fria. Para o mancebo rico Ele mandou vender tudo e dar aos pobres (Mateus 19.21);  e quando  Zaqueu lhe disse que daria até a metade de seus bens aos pobres, Ele não confirmou a necessidade desse procedimento (Lucas 19.8, 9), disse apenas: Zaqueu, hoje veio salvação a esta casa.
Muitos saem em defesa do dízimo afirmando: Mas o Dízimo é bíblico (Número 18.21 a 26). Certamente,  como também  é bíblico: A circuncisão (Gênesis 17.23 a 27),  o sacrifício de animais em holocausto (Levíticos Capítulos do 1 até 6.8-13), a santificação do sábado (Levíticos 23.3), o apedrejar  adúlteros (Levíticos 20.10 e Deuteronômio 22.22), etc. É bíblico, mas pela ordenança da lei que Moisés introduziu ao povo.
Então porque hoje não cumprem a lei na sua totalidade, ao invés de optarem  exclusivamente pelo dízimo? Querem o dízimo porque  é a garantia  de renda líquida e certa todos os meses nos cofres das igrejas.  
O que também é bíblico, e o homem ainda não se conscientizou, é uma grande divisão existente na Palavra, separando a Velha Aliança do Novo Mandamento do Senhor Jesus; o qual testifica a doutrina para salvação (I Coríntios  15.1, 2).   Porém hoje, qualquer esforço para voltar a lei de Moisés  que Cristo desfez na cruz, é anular o sacrifício  do  cordeiro   de  Deus   e  reconstruir o  muro por Ele derrubado (Efésios   2.13 a 15).
Apocalipse 5.9: Porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de todas as tribos, e línguas, e povos, e nações.
Portanto irmãos, o preço pela nossa salvação, o Senhor Jesus Cristo já pagou o mais alto preço, com o seu sangue inocente na Cruz. O Senhor ainda alerta: Fostes comprados por bom preço, não vos façais servos de homens (I Coríntios 7.23).
O dízimo hoje é remanescente por razões óbvias: Primeiramente, pela contribuição dos que arcam com essa pesada carga tributária.
Outra presunção vem por parte dos que são beneficiados pelos dízimos, esses incorrem no erro pela ausência de entendimento espiritual da palavra de Deus não diferenciando a lei de Moisés feita de ordenanças simbólicas e rituais, com a Graça e a verdade do Senhor Jesus Cristo, ou mesmo consciente da abolição dessa prática, assumem o risco dolosamente na desobediência à palavra do Senhor.
Porem, seja por uma ou por outra razão, o homem querendo ou não, aceitando ou não, o dízimo, como toda a lei cerimonial do Antigo Testamento, foi por Cristo abolida pela aspersão do seu sangue na cruz do Calvário:  (Lucas 16.16, Romanos 10.4, Efésios  2.15, II Coríntios 3.14, Hebreus  7.12,18, 19).  

Gálatas 5.14: Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amaras ao teu próximo com a ti mesmo.

Keiferson e Thompson Oliveira Verdadeira


O ARREBATAMENTO DA IGREJA DE JESUS CRISTO


O que é o arrebatamento da igreja de Cristo? Como se dará o arrebatamento? Passaremos pela grande tribulação? A vida vai continuar depois do arrebatamento da Igreja de Cristo?
Essas e muitas outras questões a respeito do arrebatamento são dúvidas para muitos cristãos. Vamos meditar e buscar respostas na Palavra divinamente inspirada, onde contém a verdade legada por Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.
A Palavra do Senhor na carta aos Hebreus 9.28 descreve: Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez sem pecado aos que o esperam para a salvação.
E no Evangelho de João 5.28, 29, disse Jesus: Vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.  
Porque a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.
Quando Jesus disse a Marta que o seu irmão Lázaro haveria de ressuscitar, ela lhe respondeu: Eu sei que há de ressuscitar, na ressurreição do último dia (João 11.24).
Acompanhe a linha de raciocínio, que a palavra está revelando nestes dois últimos versículos: A ressurreição se dará no último dia.    
E na primeira carta do Apóstolo Paulo aos Tessalonicenses 4.15-17, o texto sagrado diz:Dizemos-vos, pois, isto pela Palavra do Senhor, que nós os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.  
Porque o Senhor descerá do Céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com Ele nas nuvens, a encontrar com o Senhor nos ares, e assim, estaremos sempre com o Senhor.
A Palavra relata primeiramente que os salvos ressuscitarão para a vida eterna, mas os que praticaram o mal ressuscitarão para a condenação. Conseqüentemente declara que a ressurreição será no último dia.  E afirma que na vinda de Cristo os vivos não precederão aos que dormem, mas os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro, depois os vivos serão arrebatados, e encontrarão com Cristo nas nuvens.  
E em I Coríntios 15.51 e 52 está escrito: Eis que digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados. Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.  
Observe que novamente a Palavra certifica que há uma ordem cronológica estabelecida para os acontecimentos: Os mortos ressuscitarão primeiro, e os vivos que aguardam a vinda de Cristo serão transformados, e num piscar de olhos, todos subiremos a encontrar com o Senhor Jesus nas alturas.
E no Evangelho de Mateus 24.3-14, a Palavra narra que, estando Jesus assentado no monte das Oliveiras, chegaram-se a Ele os seus discípulos dizendo; Mestre, dizei-nos quando serão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?
Então Jesus lhes indicou os sinais da sua vinda com guerras, terremotos, pestilências, falsos profetas, mas ainda não é o fim, mas quando o Evangelho do Reino for pregado a todo o mundo, então virá o fim.  
Considere, primeiramente há uma inquirição dos discípulos a Jesus, sobre sua vinda simultaneamente com o fim do mundo.  E ao meditarmos nesta passagem (capítulo 24 de Mateus), apercebemos que o Senhor expõe o Sermão Profético numa cronologia dos acontecimentos, concomitantemente ao fim do mundo, exemplificado nos versículos 37-39 de Mateus 24, onde Jesus declarou:
Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio e os levou a todos.
Assim também será a vinda do Filho do homem. Estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro. Estando duas moendo no moinho será levada uma, e deixada outra.  
O Senhor Jesus fez uma alegoria da sua vinda com os episódios clássicos de Noé, para que entendemos que será da mesma forma. Quando tudo parecia normal, veio o dilúvio e conseqüentemente o fim para os desobedientes, salvando-se apenas Noé e mais sete pessoas de sua família, porque creram na Palavra de Deus.
A carta de II Pedro 3.3-13 narra que: Nos últimos dias virão escarnecedores, dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.  
Mas não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como se fossem mil anos, e mil anos são como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia.
            Mas o dia do Senhor virá como o ladrão da noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos ardendo se desfarão e a terra e as obras que nela há se queimarão.
 Irmãos, observem que mais uma vez a Palavra do Senhor afirma categoricamente que a vinda de Cristo será no último dia,  pois, os céus passarão com grande estrondo, e os elementos ardendo em fogo se desfarão, conseqüentemente, o fim.
    
                    A GRANDE TRIBULAÇÃO SERÁ ANTES OU DEPOIS DO
                                                   ARREBATAMENTO?
Em Mateus 24.21, 22, Jesus relata que haverá, tão grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo, nem tampouco jamais haverá.
E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos, aqueles dias serão abreviados.    
O Senhor Jesus revela que haverá dias de grandes aflições tal qual nunca houve, nem jamais haverá, mas por amor aos seus escolhidos, aqueles dias serão abreviados.
E, se a abreviação daqueles dias se fez necessária por causa dos escolhidos do Senhor, isso é uma prova infalível que todos passarão pela grande tribulação, e nos dá a certeza que não haverá arrebatamento anterior à tribulação. Caso  houvesse, qual a necessidade da abreviação dos dias? Certamente o Senhor teria arrebatado os seus escolhidos.
Em Apocalipse 1.7 está escrito: Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!
Portando amados, não haverá arrebatamento secreto, como muitos anunciam, visto que todo olho o verá. 
Outra prova incontestável que Jesus não virá de forma secreta e anterior à grande tribulação, consta no Evangelho de Mateus 25.31-46, quando Cristo vier em sua glória e todos os santos anjos com Ele, e assentará no Trono da sua Glória, e as nações serão reunidas diante dele, e porá as ovelhas a sua direita, mas os bodes ficarão a sua esquerda, e julgará a cada um, segundo as suas obras. 
O Senhor Jesus afirmou que o dia e a hora que Ele  virá ninguém sabe senão o Pai, mas o que Ele dirá está revelado, visto que, a bíblia exibe a narrativa da alocução de  Jesus, no Grande e Terrível  Dia do Senhor.
Portanto, a cronologia dos acontecimentos não é arrebatamento depois a grande tribulação, mas assim:
Primeiro haverá a grande tribulação, depois será instituído o Reino Milenar dos que foram degolados por amor ao nome de Cristo, e por último virá o arrebatamento e julgamento final. Por isso, grande será a surpresa daqueles que crêem que a igreja será arrebatada antes da grande tribulação.  
Observe a advertência em II Tessalonicenses 2.2 e 3: Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.
     A VISÃO DOS MÁRTIRES  DA GRANDE TRIBULAÇÃO
E na revelação do Apocalipse (6.9-11) a João, a Palavra descreve que: Havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo:
Até quando, ó verdadeiro e Santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?
E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo até que se completasse o número de seus conservos e seus irmãos que haviam de ser mortos como eles foram.
Amados, meditem, o clamor das almas dos que foram mortos na grande tribulação, porém, já estavam embaixo do Altar do Senhor. Aliás, aqui, nota-se claramente que a grande tribulação estava em plena atividade, visto que, quando pediram vingança dos que habitam na terra, fora lhes dito que aguardassem um pouco de tempo, até que se completasse o número dos que haviam de ser mortos como eles foram.
E em Apocalipse 7.4-8, a Palavra descreve a visão de João  referente ao número dos assinalados dos servos de Deus, pertencentes as doze tribos de Israel, e o número dos assinalados eram centro e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel.
Depois destas coisas (Apocalipse 7.9-14), a Palavra expõe: João viu uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações e tribos e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestidos brancos e com palmas em suas mãos.  
E um dos anciões me falou dizendo: Estes que estão trajando vestidos brancos, quem são e donde vieram?
E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro.
Nesta narrativa, a grande tribulação já havia encerrado, pois, os mártires de Cristo haviam lavados as suas vestes no sangue do Cordeiro e já estavam diante do Trono de Deus e o serviam no seu Templo.
A Palavra do Senhor ressalva aos que se deram em sacrifício na grande tribulação, os quais receberam vestes brancas lavadas no sangue de Cristo, ou seja, já estão justificados perante o Senhor. Portanto, estamos sujeitos sim, a grande tribulação.  
                       O REINADO  MILENAR  PÓS TRIBULAÇÃO
E no capítulo 20, versículos 4 e 5 de Apocalipse, o apóstolo João descreve a revelação dos mártires de Cristo no milênio, e diz: E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi lhes dado o poder de julgar (esta palavra refere-se aos doze apóstolos que hão de julgar as doze tribos de Israel Mateus 19.28); e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.
Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.  
Irmãos, considerem, a Palavra relata que o Reinado Milenar é o galardão exclusivo para os que foram degolados na grande tribulação, pois, afirma que os outros mortos não reviveram, até que mil anos se completassem, sendo essa a primeira ressurreição, mas ainda não é o arrebatamento da igreja, porque os outros mortos não ressuscitaram.  
Aqui se cumpre à Palavra do Senhor Jesus no livro de Mateus 19.30 onde disse: Os primeiros serão derradeiros, e os derradeiros serão primeiros, ou seja, os que morreram nos últimos tempos por ocasião da grande tribulação ressuscitarão primeiro, e reinarão com Cristo por mil anos.  
A Palavra assegura claramente que os outros mortos não ressuscitaram, isto é, os que morreram em Cristo, mas por morte natural, ou morreram antes da grande tribulação, não ressuscitarão até que mil anos se acabem, aos quais ressurgirão na vinda de Cristo para o arrebatamento da igreja e o juízo final.
É bom refletir que mil anos para Deus é como se fossem um dia, e um dia, como mil anos, porque o tempo de Deus não e igual ao dos homens, com dia, noite,  meses, anos, décadas, etc
SATANÁS SERÁ PRESO POR MIL ANOS
Continuando a nossa meditação no Capítulo 20 de Apocalipse, vamos a narrativa dos acontecimentos:
Apocalipse 20.1-3: Vi descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e satanás, e amarrou-o por mil anos.
            E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais  engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo.
Medite: Apocalipse 20.1-3 –  Após a grande tribulação, satanás será preso por mil anos. Simultaneamente, os mártires reinarão com Cristo por mil anos (Apocalipse 20.4,5).
Apocalipse 20.7-10: E, acabando-se os mil anos, satanás será solto da sua prisão   e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha.
E subiram sobre a largura da terra e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; mas desceu fogo do céu e os devorou.
E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.  
Em conformidade com a Palavra revelada, nos últimos tempos, ao término da grande tribulação, satanás será preso por mil anos, concomitantemente os mártires de Cristo reinarão com Ele por mil anos.
Mas após esse milênio, satanás será solto e sairá a enganar as nações, e se ajuntará a Gogue e Magogue (Nomes que representam as nações inimigas de Deus) e tentará sitiar o Arraial do santos e a Cidade Santa.
Pela revelação da Palavra, o Arraial dos santos é um acampamento espiritual, o Paraíso onde os mártires da grande tribulação reinarão com Cristo por mil anos. E a Cidade Santa, é a Nova Jerusalém, a qual passará a ser habitada pelos que herdarão a vida eterna após o julgamento do Senhor Jesus Cristo.
    ONDE ESTARÃO AQUELES QUE SOBREVIVERÃO À TRIBULAÇÃO, DURANTE O REINO MILENAR?
I Tessalonicenses 5.3, descreve: Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão.
            Essa profecia,  quando houver paz e segurança aos habitantes da terra, se cumprirá no período do Reino Milenar (Apocalipse 20.4), será um tempo de paz e segurança porque simultaneamente ao Reino Milenar, satanás estará preso por mil anos, para não enganar as nações (Apocalipse 20.2, 3).
Mas acabando-se os mil anos, satanás será solto, se ajuntará a gogue e magogue e tentará sitiar o Arraial dos Santos e a Cidade Santa, nesse tempo, virá então a “repentina destruição”.
No livro de Mateus 24.37-39, há uma alusão dessa segunda parte da profecia (repentina destruição)  onde narra que, como nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, e Noé entrou na arca, e não o perceberam, e veio o dilúvio e levou a todos.
Ratificado na Segunda Carta Universal de Pedro 3.3-13, onde descreve que: Nos últimos dias virão escarnecedores, dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.  
Mas não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como se fossem mil anos, e mil anos são como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia.
            Mas o dia do Senhor virá como o ladrão da noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos ardendo se desfarão e a terra e as obras que nela há se queimarão.
                       O JUÍZO FINAL
Apocalipse 20.12-15: E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono e abriram-se os livros, e abriu-se outro livro, que é o livro da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.
E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo (o que é a segunda morte).  
                     RESUMO DO TEXTO
No início da nossa meditação, vimos que a ressurreição dos mortos será no último dia (João 6.40 e 11.23 e 24; Mateus 24:3, 38 e 39) e os vivos não precederão aos que dormem, porque os mortos ressuscitarão primeiro, depois os vivos serão transformados e arrebatados (I Tessalonicenses 4.13 a 17).  
Na carta universal do apóstolo Pedro (II Pedro 3.3-12), a Palavra do Senhor mostra que muitos escarnecedores perguntarão: Onde está a promessa da vinda do Senhor, que tudo permanece da mesma forma desde o princípio da criação?
E na seqüência (versículo 9) a Palavra confirma que a vinda de Cristo será como o ladrão da noite, quer dizer, repentinamente, num momento em que ninguém O espera, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos ardendo em fogo se desfarão e a terra e as obras que nela há se queimarão. Isso não deixa dúvida que a vinda de Cristo será simultânea ao fim do mundo.  
Depois encontramos em Apocalipse 20:4 e 5, os que foram degolados na grande tribulação pelo testemunho de Jesus e por amor do nome do Senhor, ressuscitarão primeiro e viverão com Cristo por mil anos, que é a primeira ressurreição.
E a Palavra ainda afirma com clareza que os outros mortos não ressuscitarão até que mil anos se acabem. Depois de mil anos satanás será solto (Apocalipse 20.7-10) e tentará submergir o Arraial dos Santos, mas será lançado no lago que arde em fogo e enxofre, e virá então o juízo final (Apocalipse 20.11-15), ocasião que haverá a ressurreição dos mortos e conseqüente arrebatamento da igreja do nosso Senhor e salvador Jesus Cristo.  
Conforme está na Palavra, haverá primeiramente a ressurreição dos mártires de Cristo vindo da grande tribulação, os quais ressuscitarão primeiro e reinarão com Ele por mil anos.  
Depois desse Reino Milenar, virá à ressurreição dos outros mortos, o arrebatamento dos vivos, e, conseqüentemente o juízo final.  
É oportuno evidenciar que não há citação na palavra que comprove que o arrebatamento da igreja de Cristo será antes da grande tribulação. Como também não há um só versículo afirmando que a vida vai continuar aqui na terra depois do arrebatamento da Igreja do Senhor Jesus, como muitos andam pregando, e garantindo uma nova oportunidade de salvação para aqueles que não foram arrebatados na vinda de Cristo, caso não receba o sinal da besta na grande tribulação.
Haverá sim duas ressurreições: A ressurreição dos mártires para o milênio (Apocalipse 20.4, 5) e a ressurreição do juízo final (Apocalipse 20.12-15), mas o arrebatamento da igreja de Cristo é único.
Precisamos estar atentos, pedir sabedoria ao Espírito Santo do Senhor, meditar na palavra e crer somente nas escrituras, porque a promessa de salvação após o arrebatamento é um falso ensinamento criado pela imaginação do homem, um engodo maligno para  descompromissar o crente com a verdade, e levá-lo a perdição. 
Isso é  uma falsa esperança, enganação, pois a Palavra na carta aos Filipenses 2.10, 11, declara que na vinda do Senhor Jesus para arrebatar a sua igreja, todo joelho se dobrará, e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor para a Glória do Pai. O que elimina qualquer possibilidade de arrebatamento secreto.
É bom lembrar, que os sinais da vinda de Cristo (Mateus 24) estão acontecendo e evidenciam que estamos no princípio das dores, mas quando o Evangelho for pregado a toda criatura, então virá o fim.
Porem, não creiam em tudo que  falam por aí, já existem homens profetizando que Cristo voltará no ano de 2012. Isso é uma heresia, pois, o próprio Jesus afirmou em Mateus 24.36 que Aquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente o Pai.
Apocalipse 1.3, diz: Bem-aventurado aquele que , e os que ouvem as Palavras desta profecia, eguardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.